Adamantios Koraes nasceu em Esmirna (Turquia)
no ano 1748. Filho de mercador nascido em Chios, Ioannis Korais e sua mulher
Thomeatha Risiu. Após a educação básica em sua terra natal, ele foi enviado em 1771 a Amsterdã para começar
uma carreira de negociador. Na Holanda, teve a oportunidade, juntamente com
suas atividades de mercador, de ter aulas de línguas estrangeiras, de estudar
livros científicos e filosóficos e participar de correntes eruditas. Ele
permaneceu na Holanda até 1778, então retornou para Esmirna e em 1782, partiu para
Montpellier (na França), onde realizou brilhantes estudos em Medicina. Em 1788,
decidiu continuar seus estudos científicos em Paris. Estabeleceu-se
nessa cidade e se ocupou principalmente de realizar pesquisas e publica-las.
Os
feitos de Korais são notórios e pode-se dividi-los em três categorias:
a)
“Médica”:
incluindo estudos originais e traduções de documentos médicos;
b)
Filosófica:
inclui suas publicações de trabalhos escritos por “Gregos Antigos”; bem como sua
critica pessoal e suas sábias apreciações a esses trabalhos.
c)
Étnica
(ou “nativa”): nesta categoria estão muitos pequenos panfletos com composições
que tinham objetivo de abrir os olhos de gregos para suas condições de
escravidão ou de; divulgar para os estrangeiros, informações sobre a situação
na Grécia. Sua missão teve grande repercussão não somente na sociedade grega,
mas em toda Europa
e nos Estados Unidos. Por isso, ele era conhecido, respeitado e convidado a dar
conselhos a várias pessoas sábias.
Para suas publicações, contou com auxilio financeiro, técnico e etico
dos irmãos Zosimades, de habitantes de Chios e de outros mercadores, advogados
e amigos. Sua contribuição étnica/nacional é historicamente a mais importante.
Não houve um problema grego que ele não tenha acompanhado ou se pelo qual não
tenha se interessado; sempre oferecendo sua ilustre opinião. Defensor da
liberdade e da democracia, acompanhou atenciosamente os acontecimentos
políticos do seu tempo e não hesitou em estigmatizar negativamente todas as
tendências despóticas, autoritárias e obsoletas.
Seu grande interesse foi pelas escolas, que ele
auxiliou de todas as formas possíveis, fazendo proposições e guiando-as em muitos
empreendimentos. Apesar de sua difícil situação financeira, Korais reuniu
muitos livros, posteriormente criando uma impressionante biblioteca em Paris. Seu desejo era
de que a biblioteca e seus manuscritos fossem transferidos para Chios depois de
sua morte – um acervo de 3.500 volumes. Sua vontade foi atendida depois de
muitos adiamentos. Faleceu na capital francesa em 1833 tendo visto a
descolonização de partes da Grécia; mas não de sua ternamente amada, Chios.
Tradução: Maria A. Oliveira; 24/05/2012
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